Opinião: o que Frutal perdeu com o cancelamento da visita de Dilma e Pimentel

Rodrigo UnisebSei que nos última semana o assunto “presidente Dilma” predominou aqui no blog. Não posso prometer, mas pretendo que essa seja uma das últimas postagens sobre esse assunto aqui, e vou explicar os motivos que me levam a perder mais um tempinho falando sobre isso: mais do que esperar a vinda de um presidente para Frutal, a expectativa minha – e de pessoas ligadas ao meio político – eram as oportunidades que uma conversa ao pé do ouvido com ela e com o governador Pimentel iriam resultar.

Quem lida com o meio político conhece algumas das formas de atuação dos chefes de Estado: sempre quando ocorrer uma visita a qualquer cidade, é de praxe, para não dizer cortesia, levar junto uma boa notícia para aquela localidade ou região. Sim, faz parte da política esse tipo de ação e sempre resulta em boas notícia para uma população. A não vinda de Dilma e de Pimentel representa, a priori, que perdemos alguma boa notícia que viria junto com eles, com toda certeza.

Além disso, perdemos outra chance: o prefeito Mauri estava preparando um pacote de pedidos a serem entregues pessoalmente para a presidente Dilma e para o governador Pimentel. Alguns dos pedidos, muito importantes, como a regionalização do Hospital Frei Gabriel, construção mais rápida do presídio na cidade, melhorias na segurança, compra de equipamentos para saúde, pedido de liberação de recursos que estão “emperrados” nos governos para educação, assistência social… enfim, para diversas áreas do município. Ou seja, perdemos a chance de colocar esse pacote de pedidos nas mãos de quem tem o poder de decisão, de atender essa demanda, assinar o papel e liberar os recursos para nosso município.

Claro que isso não significa que todos os pedidos seriam atendidos de imediato, de pronto. Mas alguns, com certeza, seriam, pois dependem apenas do andamento burocrático para acontecerem. O cancelamento da visita, sem dúvida nenhuma, também nos privou dessa oportunidade de fazer os pedidos necessários para os municípios diretamente a eles e, ainda por cima, dentro da nossa sala. Ah, claro, podem dizer que esses mesmos pedidos podem ser feitos lá em Brasília ou Belo Horizonte, que pode-se agendar encontros com as autoridades, sejam do estado ou do Governo Federal, e fazer as demandas. Mas, amigos, em política, há uma diferença enorme entre fazer o pedido “ao pé do ouvido” para a “chefia” e ir lá entregar um pacote de pedidos na mão de um secretário, ministro ou assessor.

É óbvio e natural que muita gente gostou da “não vinda” da presidente. Outros, acharam que a grande verdade é que muitas pessoas queriam “babar ovo” com Dilma ou Pimentel. Mas a minha visão vai para além disso. Muito além disso. Perdemos a chance de fazer uma ponte direta com as chefias de Minas Gerais e do Brasil. Tudo bem, passa. Teremos outras oportunidades. Mas, que perdemos, perdemos.

Isso sem contar no atraso de mais dois dias para a entrega das chaves. Nesse ponto, a notícia que temos é de que na próxima quinta, às 15h30, as chaves serão entregues para as 668 famílias. É possível que algum representante dos governos venha. Porém, nesse momento, isso já se tornou irrelevante.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação