Taxa de contágio da covid-19 em Minas indica estabilização

Em coletiva virtual realizada nesta semana o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Carlos Eduardo Amaral, analisou as mudanças sobre a taxa de contágio da covid-19, o chamado RT — indicador que apresenta o impacto da contaminação do vírus em determinada região.

“Em março, o RT inicial estava em 4. Ou seja, uma pessoa transmitia a doença para 4 pessoas que, por sua vez, transmitiam para outras 4 pessoas cada uma delas, formando uma progressão geométrica. Por isso, naquele momento, o isolamento foi extremamente oportuno, cortando a explosão de casos. Já nas últimas semanas, o RT do estado variou entre 1,05 e 0,98, o que tende a nos mostrar que estamos num momento de estabilização”, disse o secretário.  

Amaral destacou a variedade de cenários apresentada pelas diferentes regiões de Minas em relação à disseminação da covid-19.

“Isso faz com que, embora tenhamos um RT médio do estado, cada região tenha a sua taxa independente. Por essa razão, nós, na SES, sempre avaliamos o estado como um todo, as regiões separadas por macrorregiões e também as microrregiões, para termos uma ideia mais clara de como está a situação”, explicou.  

Projeções

O secretário reforçou a importância das projeções realizadas pela SES sobre a covid-19 e como cada cenário implica em avaliações constantes.

“Por exemplo, nós falamos que poderíamos ter um pico e, com mais de 40 dias de antecedência, começamos a tomar as medidas para que isso não ocorresse. Até o momento, tudo leva a crer que conseguimos um certo achatamento. Embora tenhamos a ocorrência de muitos casos, não tivemos uma explosão nos números, com uma consequente desassistência em Minas Gerais”, afirmou Amaral.

Revisão do Minas Consciente

Em alinhamento com as projeções e análises da SES, o secretário de Estado adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, disse que está em fase final de análise a nova versão do plano Minas Consciente, criado pelo Governo de Minas para orientar os municípios sobre a retomada segura das atividades, a partir de dados técnicos e epidemiológicos.

“Essa nova versão recebeu contribuições importantes de toda a sociedade e está em elaboração. Lembramos que essas alterações têm por objetivo a adaptação a esse novo momento, o que não significa que vamos relaxar no nosso comportamento individual, com relação às medidas de prevenção à covid-19”, ressaltou Marcelo Cabral.

O secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, ainda destacou que qualquer possibilidade de flexibilização das atividades está condicionada não só às ações desenvolvidas pelo Estado para o enfrentamento à pandemia, mas também ao engajamento da população.

“Minas Gerais tem tido um número de óbitos reduzido, se comparado a outros estados. Temos ainda uma capacidade assistencial importante e não tivemos desassistência. Entretanto, para pensarmos futuramente em avançar nas ondas ou na flexibilização, é fundamental que o cidadão tenha o máximo de engajamento nas medidas. É fundamental que cada um faça a sua parte, com o uso de máscaras e com os cuidados gerais de higiene”, pontuou o secretário de Estado de Saúde.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação