Casos de dengue em Frutal têm queda significativa
Graças ao trabalho diário e intenso da Secretaria da Saúde, por meio do Núcleo de Controle de Endemias e da Vigilância Epidemiológica, Frutal registrou somente dois casos de Dengue nas últimas quatro semanas epidemiológicas. Já quando se fala em Chikungunya, Zika e Febre Amarela não houve casos suspeitos da doença neste período.
“Agora conseguimos reduzir o número de casos, após enfrentar uma situação de emergência no município. Para continuar neste patamar, não podemos nos descuidar nas ações preventivas contra a dengue, principalmente com a eliminação dos criadouros”, explica o coordenador do Núcleo de Endemias, Jovino Adriano Ambrósio Baldo.
Em janeiro deste ano, o município registrou 18 casos notificados de dengue. Em abril, o número saltou para 2.026. De maio até agora, os números foram caindo significativamente mês a mês. Para se ter ideia, em outubro até o momento, são somente dois casos notificados da doença.
Ações
As ações de combate à dengue prosseguem durante todo o ano. Os trabalhos foram intensificados com a contratação de agentes de endemias e a realização dos mutirões de limpeza por parte da Prefeitura em diversos bairros da cidade, que também contribuíram para o desparecimento de casos de doenças transmitidas pelo mosquito. “Enfrentamos um período difícil neste ano, mas com todas as ações promovidas pelo poder público, a participação e dedicação da comunidade no combate ao mosquito Aedes aegypti, conseguimos enfrentar a dengue. Entretanto, todo esse trabalho deve continuar durante o ano inteiro, sem interrupção”, alerta Jovino.
O coordenador do Núcleo de Endemias explica que mesmo em períodos em que as chuvas não são tão frequentes deve se continuar os cuidados para evitar a proliferação do Aedes aegypti. “Uma fêmea do mosquito pode botar em média 450 ovos e eles são muito resistentes, podem suportar até 480 dias até que tenham contato com a água”, explica Jovino.
Quanto a melhor maneira de se combater o Aedes aegypti, Jovino ressalta que o carro do Fumacê é apenas um paliativo que deve ser usado em último caso. “O uso indiscriminado do veneno não resolve já que ele mata apenas cerca de 40% do mosquito Aedes, em contrapartida elimina abelhas, joaninhas e diversos outros insetos benéficos ao nosso ecossistema”, ressalta o coordenador do Núcleo de Endemias.
Todo cuidado é pouco
Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Ana Catarina Silva Oliveira Clemente, apesar da queda significativa dos casos de dengue nos últimos meses, o mosquito causou dor e sofrimento às famílias frutalenses. Este ano foram três óbitos por dengue no município registrados nos meses de abril, maio e agosto.
“Assim que a Vigilância Epidemiológica tem conhecimento do óbito é realizada a investigação domiciliar e hospitalar. O formulário de investigação é encaminhado ao Comitê Estadual da Superintendência Regional de Uberaba, que posteriormente encaminha as informações para o Comitê Municipal para o encerramento do caso”, explica.
Já a Secretária de Saúde, Patrícia Xavier Silva Barbosa, reforça o alerta e o pedido à toda a população: “Por mais que os casos de Dengue e o índice do LIRAa diminuíram, não é hora de baixar a guarda. Precisamos continuar contando com a ajuda do morador nesta luta contra o mosquito. Além disso, é fundamental que as pessoas com suspeitas da doença procurem sem falta o serviço de saúde para que o município não tenha casos subnotificados da doença”, finaliza.