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Morre o cantor frutalense Carlito, de “Os Reis do Batidão”

Morreu hoje, vítima de pancreatite, o cantor Carlito, que fez dupla com Baduy e foram conhecidos “Os Reis do Batidão”. Ele estava interando na UTI nos últimos dias para tratamento.

Nascido no dia 04 de Novembro de 1948 na cidade de Frutal-MG, Mauril Leal de Paula despertou o seu gosto pelo sertanejo raiz quando tinha por volta de seus 8 anos de idade. A influência, sem dúvida, era por causa de seu pai que na época era violeiro e catireiro e tinha grande amizade com o Tião Carreiro, ícone e referência do Sertanejo Raiz. Além do Tião Carreiro, outras duplas frequentavam a sua casa e isso acendeu a paixão pelo estilo, e rapidamente Mauril, aprendeu a tocar viola e a cantar.  

O nome artístico Carlito surgiu quando ao formar sua primeira dupla com o Criolo, que havia acabado de terminar sua parceria com o Barrerito. Tião Carreiro, amigo da família de Carlito, disse que a nova dupla deveria ter um nome parecido da antiga formação para manter o auge, e sugeriu o nome Carlito. Muitas vezes o músico frutalense tinha seu nome comparado a do Carlito Martins, locutor famoso da bandeirantes, o que colaborava, ainda mais, na divulgação da dupla.  

Ao lado de Criolo, Carlito gravou dois discos e fez diversos contatos por onde passava, principalmente na cidade de São Paulo. Ele sentia que a dupla não iria durar por muito tempo, mas mesmo assim levava adiante, juntamente com sua carreira, Carlito atuava como empresário ao lado de Tião Carreiro e aproveitava para ensaiar com ele e com o Pardinho para adquirir mais experiência no sertanejo raiz. Marcando shows para Tião Carreiro e Pardinho, seus contatos ampliaram ainda mais e seu nome começou a ficar conhecido no meio musical. Não demorou muito para a dupla Criolo e Carlito acabar, e ele começou a se dedicar ainda mais no seu emprego de empresário. E durante suas viagens conheceu Baduy, na qual iria formar essa grande parceria. 

Entre as composições da dupla que mais fizeram sucesso e foram diversas vezes regravadas foram: 1° Vinil: “Sou pobre, mas te amo” e “Cachoeira de Lágrimas” que foi gravada por Nalva Aguiar, 2° Vinil: “Mulher, sempre mulher” sucesso também na voz de Chitãozinho & Xororó, Di Paulo e Paulino e As Mineirinhas, 3° Vinil: “Padre”, 4° Vinil: “Dama preferida”, 6° Vinil: “Primavera de amor” conhecida também na voz de Chico Rei & Paraná, 7° Vinil: “Garça branca”, 8° Vinil “Buscando Perdão” regravada pelo Trio Parada Dura, entre outras músicas que até hoje são lembradas.  

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação