Opinião: Mauri tenta evitar fim antecipado de sua gestão ao se colocar como candidato
O prefeito Mauri Alves afirmou em coletiva nesta semana uqe pretende disputar a reeleição para a prefeitura em outubro. A declaração mexeu com as peças do tabuleiro da política local e, se por um lado algumas pessoas comemoraram, por outro, alguns se preocuparam e uma terceira via ainda aproveitou a declaração para poder criticar a atual gestão do prefeito.
É fato que se Mauri levar adiante o seu posicionamento, não será nada fácil a caminhada. Atraso do décimo terceiro salário, atraso do salário, carnaval cancelado (esse, de forma justa), repasse para entidades que já sofreram atrasos, ruas esburacadas, enfim, há uma grande conta a ser cobrada de sua eventual candidatura que, certamente, seus adversários políticos já estão preparando para colocar na “roda”.
De toda forma, é justo e até coerente que Mauri se posicione como possível candidato a reeleição. Ele se colocar fora do jogo eleitoral, neste momento, significaria sacrificar o seu mandato antes da hora. Um prefeito que não está no jogo, fica escanteado e, dessa forma, acaba sendo esquecido da roda de conversa, é desrespeitado e perde autonomia administrativa que lhe resta. Não me surpreenderá se lá no segundo semestre, essa conversa mudar. E muito menos me surpreenderá se ele resolver levar adiante a sua candidatura, que pode ser uma tábua de salvação para partidos e apadrinhados políticos que poderão ficar órfãos em uma eventual desistência da disputa por parte do prefeito.
Tenho tocado no assunto da política local nas últimas colunas e devo continuar assim ao longo do ano, conforme as coisas forem esquentando por aqui. Até abril as negociações e conversas serão cada vez mais intensas e, depois, as convenções municipais deverão pegar fogo. Nós, como espectadores e eleitores, devemos esperar para ver como esse jogo vai se desenhar mas, no entanto, a jogada final, o xeque-mate, competirá a nós,nas urnas, na escolha que pode definir Frutal de duas formas: rumo ao futuro ou rumo a políticas públicas já comprovadamente falidas que conhecemos.
A batalha vai ser interessante, a jornada será longa. Resta saber quem é que vai sair vivo e quem vai ser morto nesse campo de guerra que é a política local.
Rodrigo Portari