MPMG pede absolvição em ação criminal movida contra ex-vereador Bruno

O Ministério Público da Comarca de Frutal pediu absolvição do ex-vereador Bruno Augusto em ação criminal de corrupção ativa que foi aberta em dezembro de 2018 para apurar possível crime de compra de votos em eleição da Mesa Diretora. Essa ação não tem ligação com o processo relativo à cassação de seu mandato, que também é alvo de discussão no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

A denúncia criminal foi formalizada após o MP suspeitar de possível crime a partir de denúncias feitas pelo ex-vereador Mazzarope. No entanto, durante o processo, ao ouvir testemunhas e diante das provas apresentadas, o MP se convenceu de que Bruno não teria cometido o crime de corrupção: “…não há contundentes acerca da real intenção do réu Bruno em ser candidato a Presidência da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores, tal como amplamente analisado acima no tocante ao crime de corrupção ativa e sem essa elementar, não é possível afirmar que ele tenha prestado falso testemunho”.

Durante esse processo o delegado Cézar Felipe Colombari – que à época dos fatos era delegado regional em Frutal – foi ouvido como testemunha, sendo que suas declarações foram, ao ver do MP, de extrema importância para a manifestação pela absolvição, principalmente por ter sido o responsável pela Operação Dèjá Vu.

Mesmo com a manifestação do MP, agora é necessário aguardar a sentença que deverá ser proferida pelo juiz criminal da Comarca de Frutal. Em manifestação ao Portal G1, o ex-vereador afirmou que “nove meses depois das prisões, um dos vereadores envolvidos, e já condenado na época, fez uma representação ao Ministério Público me acusando de ter praticado os mesmos crimes. Diante disso, a Promotoria de Justiça ofereceu denúncia, mas após as oitivas de testemunhas e coletas de provas, o próprio MP reconheceu minha inocência”.

Cassação

Outra ação que tramita no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) diz respeito ao processo de cassação do mandato do ex-vereador pela Câmara Municipal de Frutal. Em consulta ao sistema informatizado do TJMG, Blog do Portari apurou que a audiência de julgamento já foi remarcada por três vezes. A última movimentação inclui o julgamento para a sessão do dia 27 de julho de 2020.

Comments

comments

rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação