Justiça nega pedido de habeas corpus de advogada envolvida em crimes em Iturama
Fonte: Jornal da Manhã – A advogada de Iturama presa durante a Operação Menina Veneno, em junho, teve o pedido de habeas corpus negado pela 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A advogada é apontada como chefe de uma organização criminosa que atuava em cidades do Triângulo Mineiro e Sul de Minas.
O pedido de liminar de habeas corpus foi feito pela defesa da advogada que, entre outros motivos apresentados, alegou que ela estaria sofrendo constrangimento ilegal e que estaria correndo risco de contágio pela Covid-19 na prisão.
A advogada continua presa preventivamente no Presídio Jacy de Assis, em Uberlândia, até o final do processo e eventuais recursos.
No dia da operação, foram cumpridos mais sete mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão, nas cidades de Iturama, Uberlândia e Itajubá. Ao todo, sete pessoas foram presas: a advogada, o companheiro dela, que é empresário, três agentes públicos e dois homens.
As investigações tiveram início no mês de janeiro de 2020 e apontaram para possíveis delitos cometidos por uma advogada, um empresário, agentes públicos e ladrões na cidade de Iturama/MG.
De acordo com informações da operação, em abril/2019, segundo registros constantes em boletins de ocorrência, autores realizaram roubo de defensivos agrícolas em uma propriedade rural localizada na região de União de Minas/MG, materiais estes avaliados em R$ 200.000,00.
Após o roubo, a advogada passava a contactar e a extorquir as vítimas de furtos/roubos dos defensivos agrícolas, bem como os criminosos, oferecendo resgate para recuperar as mercadorias, mediante vantagem financeira. Para sucesso na ação, a advogada obtinha a localização dos criminosos através de acesso a informações confidenciais repassadas por agente públicos, mediante propina.
A partir daí, através de um esquema de corrupção, violação de sigilos profissionais e aliciamento da investigação criminal, agentes públicos passavam a identificar, contatar e pressionar os criminosos, fazendo com que entregassem os produtos subtraídos em troca de vantagem financeira.