Prefeitura de Frutal está realizando auditoria nas contas do Hospital Frei Gabriel
Três milhões e quatro mil reais esse é o valor que a Prefeitura de Frutal repassa todos os meses para a MedLife, a Organização Social responsável por administrar o Hospital Frei Gabriel. Com esse dinheiro, a empresa fica responsável por pagar funcionários como médicos, enfermeiros, assistentes administrativos e profissionais responsáveis pela limpeza e ainda adquirir os materiais e insumos necessários para realizar os procedimentos médicos e cirúrgicos.
Contudo, a empresa alega que esse montante é insuficiente para arcar com todas as despesas do hospital e que a Prefeitura deve cerca de R$ 3 milhões de reais. Por outro lado, o município nega a existência dessa dívida e ressalta que o valor repassado para Organização Social foi acordado em contrato assinado pela MedLife.
Para tentar resolver essa questão, a Prefeitura de Frutal decidiu contratar uma auditoria que vai verificar as contas do Hospital Frei Gabriel. Essa auditoria vai analisar as movimentações contábeis de todas as gestões de Organizações Sociais que administraram o hospital de 01 ano e 09 meses para cá. Ou seja, serão analisadas as contas do Instituto São Lucas (ISSL), do Instituto Mahatma Gandhi e da MedLife.
De acordo com Ricardo da Silva Mendonça, que atua na empresa RSM Perícias, o trabalho pericial pretende determinar se os valores repassados mensalmente pela Prefeitura de Frutal para a MedLife estão sendo aplicados integralmente no Frei Gabriel.
Para chegar a essa conclusão, a perícia irá analisar milhares de documentos como contratos com funcionários e fornecedores, balanços contábeis e financeiros, demonstrações contábeis, planilhas de custos e ainda serão feitas diligências no hospital e entrevista com funcionários da MedLife, das outras gestoras do hospital e com os próprios funcionários do Frei Gabriel.
O trabalho que se iniciou no dia 31 de outubro irá analisar a contabilidade de diversos setores do hospital como da parte administrativo, do setor de recursos humanos, do setor de enfermagem e até mesmo da farmácia do hospital. A expectativa é que toda a análise das 03 OSs termine no dia 15 de dezembro.
Ainda segundo o perito Ricardo Mendonça, depois que os dados forem coletados, será feita uma tabulação e uma análise das informações, logo em seguida, será produzido um laudo pericial que irá determinar se o dinheiro repassado pela Prefeitura está sendo aplicado corretamente no hospital.
Para a secretária de saúde, Patrícia Xavier, a auditoria se faz necessária já que a MedLife argumenta que o dinheiro repassado pelo Executivo Municipal é insuficiente para manter o Frei Gabriel. “O montante está acordado em contrato, contudo, a Organização Social insiste em dizer que o repasse não é suficiente para arcar com as despesas do hospital, por isso, queremos descobrir como e onde esse valor está sendo aplicado pela MedLife. Caso constatemos alguma irregularidade, iremos tomar as medidas legais cabíveis”, finalizou Patrícia.