Prefeitura se reúne com ex-colaboradores do Frei Gabriel para tratar sobre acertos trabalhistas
Não é mais novidade para ninguém que desde o último dia 04 de fevereiro, a Prefeitura de Frutal se tornou a gestora do Hospital Frei Gabriel. Por isso, foi necessário promover o desligamento dos mais de 200 funcionários que atuavam na entidade e tinham vínculo empregatício com a Med Life, antiga gestora do local.
Contudo, a Organização Social mais uma vez não está cumprindo com as suas obrigações legais e se recusa a arcar com os valores referentes aos direitos trabalhistas de cada ex-colaborador. Por conta disso, a Prefeitura de Frutal se viu no dever de prestar amparo e explicações para esses profissionais, que esperavam receber os seus acertos trabalhistas no último 13 de fevereiro.
Para demonstrar que não tem o interesse de deixar nenhum trabalhador desamparado, o Procurador Municipal, Higor Maike de Queiroz, se reuniu como uma comissão formada por cinco ex-colaboradores do Hospital Frei Gabriel para explicar quais medidas legais a Prefeitura de Frutal já está adotando para efetuar os acertos trabalhistas de todos os trabalhadores de uma maneira ágil, mas que não descumpra as legislações trabalhistas e da administração pública.
O Procurador Municipal explicou que na última quarta-feira, dia 15 de fevereiro, se reuniu com o Juiz do Trabalho da Comarca de Frutal, Marcos Vinicius Barroso, para apresentar o caso desses ex-colaboradores do hospital. “O primeiro passo foi nos reunirmos com o Juiz do Trabalho que foi bastante solícito conosco e no ajudou a encontrar um norte de como podíamos proceder para solucionar esse caso que é tão complexo”.
Agora, a próxima medida adotada pela Prefeitura será se reunir com membros do Ministério Público do Trabalho em Uberlândia, o encontro está programado para acontecer na próxima quinta-feira. “Vamos propor que seja realizado um acordo coletivo que receba o aval do Ministério Público e da Justiça do Trabalho para que nem os trabalhadores e nem os gestores municipais corram o risco de sofrer nenhum tipo de sanção ou punição futura, para isso precisamos ter segurança jurídica para firmarmos esse acordo”, explica Dr. Higor.
Ana Flávia Batista, que atuava como Assistente de Recursos Humanos do hospital e faz parte da comissão do ex-funcionários Frei Gabriel, disse que procurou o prefeito Bruno Augusto por conta das informações desencontradas que estão circulando pela cidade. “Foi até ele mesmo que sugeriu a formação dessa comissão. Nós tínhamos vínculo empregatício com a Med Life, mas nos últimos meses era a Prefeitura quem pagava nossos salários. Por isso, achamos que era o Executivo Municipal que iria arcar com esses acertos trabalhistas, mas agora entendemos que ainda não há um meio legal para efetuar esses pagamentos”.
Ana disse que saiu da reunião com a esperança de que tudo seja resolvido da maneira mais rápida possível e que os ex-funcionários não sejam lesados. “Na realidade temos esperança de que tudo se resolva, esses profissionais passaram por muita coisa, várias mudanças de gestão no hospital, pandemia, atrasos de salários e não estamos pedindo nada fora do comum, apenas que os nossos direitos trabalhistas sejam respeitados e cumpridos”, finalizou Ana Flávia.