Mãe de adolescente que morreu afogado em Planura questiona procedimentos na tentativa de salvar seu filho
O adolescente Carlos Eduardo Oliveira Sá, de 17 anos, morreu afogado por volta das 17h30 de ontem no clube CREP, em Planura. Sua morte está cercada de muitos pontos ainda a serem esclarecidos conforme apuração da reportagem.
Segundo informações apuradas, o jovem estava com amigos no clube, apesar de não ser associado. Ele teria ingressado no local mediante convite comprado com a presença de uma associada que é mãe de um amigo da vítima. A mulher teria permanecido no local até às 16h, quando saiu e deixou Carlos Eduardo com outros amigos no local.
Relatos de testemunhas apontam que o jovem não sabia nadar e se manteve por um bom tempo na parte rasa da piscina. No entanto, em determinado momento, resolveu atravessar a piscina para a parte funda. Da primeira vez, teve sucesso. Na segunda ida, não conseguiu e começou a se afogar. Amigos afirmam que tentaram ajudar Carlos Eduardo, mas não conseguiram e, por isso, pediram ajuda a adultos que estavam na academia do clube.
Não há salva vidas no CREP e estima-se que Carlos Eduardo possa ter ficado por até 15 minutos sem respirar. Após ser retirado da água, já cianótico, duas pessoas tentaram reanimá-lo até a chegada do serviço de ambulância. O garoto teria vomitado grande quantidade de alimento durante o processo.
A mãe de Carlos Eduardo, Eliene Pereira dos Santos, entrou em contato com o Blog do Portari e questionou toda a situação envolvendo a morte do filho dela. Isso porque áudios em redes sociais estariam apontando seu filho como “culpado” pelo próprio afogamento. “Estão dizendo que ele deu ingestão. Tiraram meu filho dentro da piscina ele já estava roxo. Tem áudio e vídeo mostrando isso. Estão tirando a culpa do clube e colocando no meu filho. Aquela reanimação que fizeram não foi adequada. Sopraram pelo nariz dele, não fizeram a puxada pela boca. Quero muito que se esclareça isso. Eu perdi um filho há 15 anos, afogado, e agora perdi outro. As pessoas estão criticando e colocando a culpa nele e meu filho não está mais aqui para se defender. É muito triste para uma mãe”, desabafou.
A ocorrência foi registrada e as investigações seguem com a Polícia Civil.